Monica Seixas - Pretas do PSOL

Diante de uma grave crise econômica no Brasil, se escancara cada vez mais a lógica de que o lucro das grandes empresas vale mais do que nossas vidas. As periferias e os trabalhadores foram abandonados, passando fome, sem empregos e com os aparelhos públicos completamente sucateados. Vamos reverter essa lógica. As vidas dos trabalhadores, das mulheres negras, das periferias, das LGBTQIA+, do povo que sustenta São Paulo serão também o ponto de partida para pensarmos um estado mais humano, justo e igualitário.

Queremos construir uma São Paulo onde as periferias estejam no centro do poder e da produção de políticas públicas. Hoje os mais ricos, as grandes empresas, os grandes ruralistas, mandam nesse Estado, enquanto que para as periferias só restam os serviços públicos deteriorados, o desemprego, a falta de saúde, educação, cultura e moradia, além da cotidiana violência policial. Defendemos planejamento e gestão participativos onde a prioridade dos recursos, do orçamento, das ações dos entes públicos esteja voltada aos que mais precisam, dando centralidade para combater as desigualdades e fortalecer a geração de emprego e renda nas periferias, do litoral ao interior de São Paulo.

A São Paulo que queremos coloca a educação pública, gratuita e de qualidade como prioridade! A escola tem um papel fundamental no Estado, para dentro e para fora de seus muros, como equipamentos públicos a serviço da comunidade e na preparação de seu futuro. Precisamos resgatar as escolas do desmonte que vem sendo promovido pelos governos tucanos, valorizar os profissionais de educação, melhorar as condições de trabalho, ampliar o atendimento, reduzir o número de alunos em sala de aula, promover a gestão democrática e os princípios transformadores do conhecimento!

O Estado de São Paulo tem a maior população negra em números absolutos, do Brasil, e aqui também o racismo se impõe em todos os espaços da nossa vida. Queremos ocupar a política para lutar por um outro modelo de segurança pública, que não mate nossos filhos, para que o sistema de educação seja capaz de dar esperança para os jovens periféricos, para que não nos falte trabalho digno diante de uma crise que recai sobre nossas costas, para que nossa cor e nosso CEP não aumente nossa chance de morrer, de passar fome, de sofrer. Queremos o bem viver. Queremos nossos direitos respeitados!